Introdução:
O Livro de Jó ou Job (em hebraico: אִיוֹב, Iyov) é um dos livros da seção dos "Escritos" (Ketuvim) da Bíblia hebraica (Tanach) e o primeiro dos livros poéticos do Antigo Testamento da Bíblia cristã. Quanto à grafia do nome, geralmente, as traduções protestantes brasileiras optam pela grafia "Jó", enquanto traduções portuguesas e/ou católicas preferem "Job".
A narrativa aborda o problema da teodiceia a justificação da justiça de Deus à luz do sofrimento da humanidade e é uma rica obra teológica que apresenta diversas perspetivas sobre a questão.
O texto tem sido amplamente elogiado por suas qualidades, com Alfred Tennyson chamando-o de "o maior poema dos tempos antigos e modernos".
Atribuído pela tradição rabínica a Moisés, atualmente concorda-se que o livro foi escrito entre os séculos VII e IV a.C., com o século VI a.C. despontando como uma data mais provável por diversas razões.
O autor, anónimo, certamente era um israelita, mesmo ele tendo estabelecido sua história fora de Israel, no sul de Edom ou no norte da Arábia, e feito alusões a lugares tão distantes quanto a Mesopotâmia e o Egito.
Segundo o profeta do século VI a.C. Ezequiel, Jó era uma pessoa antiga reconhecida pela sua justiça e o autor do livro escolheu este herói lendário para sua parábola.
Por Gerhard Marcks, na igreja de Santa Clara em Nuremberg, Alemanha.
A linguagem de Jó se destaca pelo estilo conservador e pelo excepcionalmente grande número de palavras e formas sem paralelo na Bíblia.
O estudioso judeu do século XII Ibn Ezra concluiu que o livro deve ter sido escrito em outra língua e foi depois traduzido para o hebraico; estudiosos do século XX procuraram um original em aramaico, árabe ou edomita.
Porém, uma análise mais próxima sugere que palavras ou formas estrangeiras são afetações literárias cujo objetivo era emprestar autenticidade ao cenário distante do livro.
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