Introdução:
A Epístola de Tiago é uma das cartas do Novo Testamento, assim conhecidas porque foram escritas como cartas circulares, isto é, para serem lidas em várias igrejas, ao contrário das "Epístolas de Paulo" que eram enviadas a igrejas específicas ou a determinados indivíduos.
Entretanto fica evidenciado pelo conteúdo da carta que o autor direciona seus conselhos aos cristãos judeus recém-convertidos.
A carta é tradicionalmente atribuída a Tiago, irmão do Senhor. Ele é mencionado duas vezes nos Evangelhos (Mt 13:55; Mc 6:3), onde é identificado como um dos irmãos consanguíneos de Jesus Cristo.
Esse Tiago somente se tornou um seguidor do Senhor após a Ressurreição.
A Epístola de Tiago não foi originalmente confirmada como livro inspirado pela Igreja. Eusébio de Cesareia, no começo do século IV, afirma que ela ainda é contestada por alguns.
Durante a Reforma Protestante, alguns teólogos, como Martinho Lutero, argumentavam que a epístola não deveria integrar o Novo Testamento canónico, devido à aparente controvérsia entre a "justificação pelas obras", ali contida, e a "justificação pela fé" pregada nas cartas paulinas.
Lutero via aí uma contradição com a doutrina da sola fide ("somente pela fé").
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